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a dor invade extrovertida, gorda, barulhenta. se deita pesada. te torna dor, logo. e só. te mata por um ano. depois sai pé ante pé. baixa de meio em meio grau, dose a dose. d / e / m / o / r / a / d / a / m / e / n / t / e . a fingir nunca ter sido, para que não se lhe dêem o devido valor. e espera, amoitada, o dia de brilhar em outra estréia arrebatadoramente inédita.
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2 comentários:
essa dor parece mais um cachorrinho que não quer largar teu osso, caru. joga uma banana longe que ele vai atrás.
uma vez, a muitos anos atrás, lembro-me de ter ido a um restaurante em copacabana com meus pais, e no cardápio constava o item p/i/c/a/d/i/n/h/o, escrito assim mesmo.
(também tinha outras chiquezas do tipo 'h20 sem borbulhas')
a demora é, assim dividida, essa série de pequenos entraves, mesmo. cada minuto.
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